segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A MARCA e a gestão dos seus activos...

No derby deste fim de semana, entraram em campo apenas 5 portugueses, entre os 22 jogadores que alinharam à partida. A saber: Rolando, João Moutinho e Varela pelo F. C. Porto e pelo Benfica, Fábio Coentrão e Carlos Martins.

Desde já a F.P.F e a marca Selecção Nacional, deveriam dai tirar ilações, reflectir procedimentos e planear o seu futuro. Mas não é isso que me faz reflectir sobre a gestão de activos.

Destes cinco jogadores portugueses, três são formados pelas escolas do Sporting Clube de Portugal, ou seja 60%, tendo chegado aos rivais das mais diversas formas. Destes, só Rolando não fez parte da última convocatória para a selecção nacional e apenas Varela não foi titular.

Isto é apenas um exemplo recente da falta de capacidade para gerir os seus activos.

O SCP gera produtos, gera identidade, mas falha no momento de rentabilizar esse esforço. Falha na capacidade de organizar uma estrutura capaz de poder proporcionar aos seus produtos potencial de crescimento (nomeadamente a nível interno) e dai tirar dividendos com a exportação dos mesmos.

Esta capacidade,
certamente que traria ainda maior identificação da massa adepta e associativa (consumidores da marca SCP) para com o clube e como tal receita indirecta, traria maior procura pela marca no futuro enquanto entidade formadora e enquanto produto de consumo, potenciaria uma maior fidelização de marcas associadas e como tal reforço da imagem e retorno financeiro. Para além de que aumentaria o reconhecimento entre os seus pares a nível internacional e por fim, aumentaria a capacidade de criar expectativa e interesse em jogadores que houvesse necessidade de contratar de forma a reforçar e transmitir experiência à equipa.

Mas isto não se faz de um ano para o outro, ao sabor da maré dos resultados desportivos. É preciso educar os consumidores, formar, comunicar, interagir pro activamente. É preciso valorizar os bons exemplos, reconhecer o seu valor e importância (na equipa, para as futuras equipas, e para o consumidor do produto SCP), é preciso saber tolerar o erro e dar oportunidades.

É preciso gerir os activos, planeá-los e projectá-los no futuro. De outra forma, continuará a alimentar, directa ou indirectamente, outros clubes, não retirando proveitos dos seus investimentos.

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