CONSUMIDORES QUE MARCAM

Porque sem consumidores o desporto não faria sentido.

HOMENS QUE MARCAM

Os heróis/heroinas, os idolos, os egos que movimentam amores e ódios, que fazem do desporto um ser vivo.

RESULTADOS QUE MARCAM

As metas, as lutas, as conquistas, as superações e os records que alimentam as motivações individuais e colectivas.

MARCAS

Produtos e serviços que se alimentam do desporto e que por sua vez alimentam o desporto em toda a dimensão. A iconografia que une pessoas de todo o mundo, que comunica simultaneamente em diversas línguas sem dizer uma palavra.

EVENTOS QUE MARCAM

O local, onde homem, consumidor, resultados e marcas se unem, onde a magia acontece.

Bem vindos!

O desporto é competição e lazer, é solidão e multidão, é dor e prazer... São derrotas e vitórias, feitos e falhanços, lágrimas e risos... O desporto MARCA uma vida, várias vidas, A Vida! MARCA, mas é simultâneamente uma MARCA! Aqui procuraremos a pertinência da vertente da MARCA desportiva, da forma como é tratada, imaginada, gerida, idealizada, sentida e entendida. Todas as visões são bem vindas à discussão, deixe comentários, opiniões e/ou sugestões.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Os pequenos clubes e a criação de valor (II)

(continuação de aqui)


Num país onde a cultura de apoio ao desporto passou largas décadas pelos tradicionais "patrocínios" angariados por clubes e atribuídos por instituições privadas e públicas quase aleatoriamente, assentes na sua grande maioria na boa vontade dos segundos e na passividade dos primeiros. Vivemos hoje, fruto da evolução dos princípios económicos subjacentes à actividade empresarial e simultaneamente desportiva um momento de rotura na relação entre ambas.

Uma rotura que certamente irá provocar adaptações de ambas as partes, sendo que no entanto deverá ser um processo bem mais longo do que seria desejável (convém recordar que reportamos a clubes de pequena/média dimensão e consequentemente a empresas e instituições de igual representação no panorama nacional) e que trará enormes dificuldades à sobrevivência dos clubes.

Se por um lado as empresas, fruto da evolução do paradigma económico/financeiro, procuram retorno financeiro dos seus investimentos neste tipo de apoio/patrocínio, mesmo as mais pequenas, ainda que não se dotem de ferramentas humanas e materiais, para o fazer convenientemente e assertivamente, também os clubes não estão dotados de recursos para satisfazer por um lado as necessidades próprias do clube e criar valor para este e por outro para ir de encontro às necessidades de potenciais parceiros, permitindo que estes tenham igualmente mais-valias provenientes do apoio expresso a uma determinada instituição desportiva (clube, atleta, secção, equipa, etc).

Assim não havendo apetrechamento de parte a parte, ambas se irão retrair e criar um fosso entre si, nomeadamente um fosso comunicacional, que aumentará a “desconfiança” de parte a parte. Um fosso que fará, por ora, daqueles que o quiserem atravessar autênticos loucos perante os olhos dos restantes que na dúvida permanecerão sossegados, procurando sobreviver à conta dos poucos apoios públicos que restam (e que tendencialmente, digo eu, tenderão a seguir o exemplo dos privados, onde para cada investimento se exigirá um determinado tipo de retorno).

Enquanto esses loucos procurarem reestabelecer as pontes entre o meio desportivo e o empresarial, muitos irão desaparecer sufocados pela ausência de recursos, outros irão sobreviver com enormes dificuldades, à conta de sacrifícios pessoais dos seus agentes desportivos, outros haverão, que fruto do seu trabalho anterior, conseguiram montar uma estrutura que com mais ou menos dificuldade manterá a actividade, ainda que se afastando daquele que seria o caminho da evolução. Diria que apenas esses loucos, ainda que atravessando um caminho irregular, feito de sins e de nãos, de avanços e recuos, serão capazes de vencer num futuro a curto/médio prazo, serão os únicos que conseguiram evoluir e criar uma base sólida de trabalho e para novos saltos evolutivos. Os restantes, os que sobreviverem, irão absorver toda esta aprendizagem proporcionada pelos loucos, ainda assim irão reiniciar o processo de recuperação/evolução, com anos de atraso.

É certo que os clubes de grande dimensão, já iniciaram este processo há algum tempo, ainda assim a anos-luz de mercados como o americano, australiano, japonês e do centro da europa, no entanto essa informação teima em ser transmitida para nichos de outra dimensão e para fora do planeta futebol, onde apenas algumas modalidades colectivas têm conseguido absorver alguma dessa experiência.

Serão precisos loucos, persistentes, sedentos de inovação, havidos de evolução para diminuir substancialmente este fosso que dia após dia, agudizado pela crise económica, aumenta. Serão precisos clubes, capazes de confiar nestes loucos, investir neles e em parceria encontrarem as soluções necessárias para gerarem valor. Para se tornarem vendáveis, desejáveis, interessantes, cobiçados e até invejados.

Serão precisos recursos humanos e ferramentas capazes de criar valor, de reinventar o serviço desportivo. Será necessária coragem para parar, pensar e mudar, por vezes até conscientes que será preciso dar um ou mais passos atrás, para tomar balanço e saltar este foço.

Os clubes terão de se reinventar e reorganizar, os dirigentes também. Deverão ser estabelecidas prioridades, estratégias a médio/longo prazo e muito importante (ainda que doloroso e com resultados negativos a curto prazo) os clubes deverão ser capazes de cobrar justamente o serviço que prestam, pois só assim o seu real valor (e dos seus profissionais) será reconhecido, de outra forma, continuará a ser encarado de cima para baixo, como um servo e não como um prestador de serviços igual, ou até superior, a tantos outros na nossa sociedade.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Os pequenos clubes e a criação de valor (I)


Hoje em dia e nos próximos tempos, haverá certamente, uma dificuldade acrescida na gestão corrente dos pequenos/micro clubes no nosso país. Dificuldade essa que é imediata e intuitiva pela crise económica que se vive e que se prevê viver nos próximos tempos.

Certamente que os cortes, rapidamente chegarão às autarquias que por sua vez cortarão nos apoios ao associativismo. Cortes que chegarão igualmente rápido aos rendimentos das famílias e consequentemente influenciarão as opções e a aplicação dos mesmos. Ainda para mais, num pais onde as culturas, desportiva e a da actividade física, são meramente uma miragem, com percentagens de participação irrisórias, o desporto será um dos elos mais fracos e um dos mais fáceis de quebrar.

Isto será a consequência imediata, simples, directa e que certamente trará enormes dificuldades a estes pequenos clubes, com estruturas directivas reduzidas, massas associativas inexistentes, onde o sócio se confunde com o utilizador e que proporcionalmente até ao momento têm conseguido envolver quantidades significativas de participantes, à custa da carolice, do trabalho reactivo e de apoios financeiros espontâneos, aleatórios e pouco exigentes. Mas depois desta consequência imediata aparecerá a consequência a médio longo prazo...

Esta tipologia de clubes não está preparada para fazer face aos rombos orçamentais que sofreu recentemente e que irá continuar a sofrer, não reuniu as condições durante a última década para poder vir a fazer face a uma situação como a de os dias de hoje, não criou uma almofada de valor material e imaterial capaz de amortecer estes impactos.

Nos últimos anos, a grande maioria dos clubes geriu essencialmente os valores provenientes das autarquias em articulação com os valores das inscrições e mensalidades, geria o seu orçamento anual e eventualmente algum pequeno, diria insignificativo, patrocínio (que normalmente até era em géneros e não em valor). Os proveitos obtidos desta forma cobriam as despesas com técnicos (quando pagos), algum material e deslocações e desta forma simples se fazia o balanço dos pequenos/micro clubes em Portugal.

O mundo avançou e mudou, rápido e drástico e os clubes não investiram em si. Na sua imagem (não me refiro apenas ao logótipo e/ou equipamento de jogo), na sua MARCA, no seu valor.

Estes clubes, confortáveis com os valores com que eram financiados mantiveram durante "n" tempo os valores de inscrição e participação nas suas modalidades e muitas vezes, independentemente do valor educativo, formativo, desportivo, social que criavam, se verificou que o valor monetário cobrado, ficava muito aquém do valor que era gerado nas valências referidas. Inclusivamente se deu o caso de serviços que em contra-ciclo com a sua especialização, aumento de necessidades materiais e sua evolução, aumento da qualidade técnica, aumento dos resultados, se depreciavam consideravelmente ao ponto de nem sequer acompanharem a evolução da inflação. Exemplo: um serviço desportivo que há 20 anos custava 50 contos/ano, ou seja 250 euros, hoje custa 180.

Hoje, perante a crise económica e com a falta de apoios externos, vêem-se a braços com a dificuldade em alterar a sua politica de preços e em cobrar os valores mínimos para a manutenção da sua actividade de forma independente, pois seria um aumento considerável que os clientes não compreenderiam. Há clubes que mesmo com mensalidades de 40 euros não conseguem cobrir o valor gerado.

Considerando que quem cobra esse valor, oferece em troca sessões diárias, 40 euros equivalem a um valor de menos de 2 euros por sessão, para a prática de uma actividade especializada, com requisitos técnicos e materiais exigentes e com o valor educativo, formativo, desportivo e social, na grande maioria das vezes, sobejamente reconhecido, estamos a falar de um valor por sessão irrisório, quando comparado por exemplo um explicador de uma disciplina escolar cobra cinco vezes ou mais esse valor por hora (quando uma sessão desportiva, tem por vezes hora e meia ou mesmo duas horas). Mas estes foram exigindo mais à medida que a sociedade os procurava, o desporto e a actividade física formal, não!

Hoje a sociedade em geral não conseguirá de forma generalizada apoiar os clubes, tal como estes fizeram durante anos a fio a essa mesma sociedade, proporcionando a geração de valores a preços abaixo do custo. Irão sobreviver aqueles que mais rapidamente se adaptarem e começarem a gerar valor próprio e também o valor que a sociedade exige para poder reconhecer (pagar) esse mesmo valor. Irão sobreviver aqueles que aprenderem a gerir eventuais apoios públicos e privados numa óptica de reforço do trabalho realizado e uma oportunidade de gerar ainda mais valor e não como o sustento da sua actividade.

(continua...)

terça-feira, 14 de junho de 2011

Mais do que um jogo: uma MARCA!

 Mais do que um desporto, um jogo ou um campeonato, a NBA eleva-os ao estatuto de MARCA.

A NBA cria valor para o seu produto, gera emoção na sua promoção, desejo de pretensa, desejo de testemunho. Cria necessidade de consumo...

O produto não passa de um simples jogo de basquetebol, inventado há mais de 100 anos, mas a NBA reinventa-o todos os dias e "nós" gostamos disso, e queremos isso, e pedimos mais disso, ainda que o jogo continue a ser o mesmo de há 100 anos atrás.

A NBA investe e tem retorno. Mais do que uma associação nacional que organiza um campeonato, é uma MARCA gigante, que vai de encontro às necessidades dos seus seguidores que retribui tudo o que lhe é dado.

Investe e tem retorno, investe e tem retorno, investe e tem retorno.... seria interessante que outras competições ainda que de dimensões e modalidades diferentes fizessem o mesmo: investir para ter retorno.

Porque este retorno, mais do que financeiro, é um retorno emocional, de fidelização que será sempre intangível, mas que criará uma enorme almofada de sustentação para a MARCA.

Poderão outros estar a pensar que não precisam ou não precisaram investir para ter retorno monetário (lembro-me só por acaso da LPFP - Liga Portuguesa de Futebol Profissional), que baseiam o investimento em transmissões televisivas puras e duras. Dá dinheiro, mas isso não chegará a médio/longo prazo.

Há que investir na MARCA, seja de um pequeno campeonato regional, seja de uma grande competição nacional. Promover os seus intervenientes individuais ou colectivos, criar interesse, criar necessidade de procura de mais informação, gerar necessidade consumo e potenciar o tempo de exposição da MARCA, só assim se conseguirá gerar valor e retorno monetário consolidado.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sobre a parceria Sporting/Atlético

Fotografia SportingApoio/Record

Rapidamente, sobre a parceria que se pode ler aqui:

Parece-me um bom principio. Agora resta que a prática seja efectivamente bem aplicada. Isto porque uma coisa é a rodagem de jogadores com potencial, outra é o depósito de jogadores que já não têm potencial. Esta última não seria benéfica, de forma alguma, quer para o Atlético, quer para o Sporting. A ver vamos se conseguem resistir a essa tentação.... A linha entre caixote do lixo e incubadora de talentos, neste caso é muito ténue.... e depende muito do trabalho diário da cabecinha pensadora encarregue de gerir o dossier.

A ver vamos...

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