CONSUMIDORES QUE MARCAM

Porque sem consumidores o desporto não faria sentido.

HOMENS QUE MARCAM

Os heróis/heroinas, os idolos, os egos que movimentam amores e ódios, que fazem do desporto um ser vivo.

RESULTADOS QUE MARCAM

As metas, as lutas, as conquistas, as superações e os records que alimentam as motivações individuais e colectivas.

MARCAS

Produtos e serviços que se alimentam do desporto e que por sua vez alimentam o desporto em toda a dimensão. A iconografia que une pessoas de todo o mundo, que comunica simultaneamente em diversas línguas sem dizer uma palavra.

EVENTOS QUE MARCAM

O local, onde homem, consumidor, resultados e marcas se unem, onde a magia acontece.

Bem vindos!

O desporto é competição e lazer, é solidão e multidão, é dor e prazer... São derrotas e vitórias, feitos e falhanços, lágrimas e risos... O desporto MARCA uma vida, várias vidas, A Vida! MARCA, mas é simultâneamente uma MARCA! Aqui procuraremos a pertinência da vertente da MARCA desportiva, da forma como é tratada, imaginada, gerida, idealizada, sentida e entendida. Todas as visões são bem vindas à discussão, deixe comentários, opiniões e/ou sugestões.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Imagética

Imagine-se accionista de uma empresa de renome nacional, com responsabilidades acrescidas por se tratar de uma das três maiores em Portugal.

 

Imagine agora que o seu CEO, escolhe para Director de Produção alguém que:

- não é demasiado novo;

- não é demasiado velho;

- não tem currículo significativo;

- apenas trabalhou em pequenas e médias empresas com sucesso relativo;

- não é carismático;

- não provoca amores;

- não provoca ódios;

- não é revolucionário;

- não apresenta potencial eminente de evolução;

- não é o desejado entre outros tantos candidatos;

 

O que pensaria das suas acções e do seu investimento colocado naquela empresa? Ou mesmo como consumidor, qual a confiança que depositaria naquele produto, ou qual a probabilidade de experimentação imediata daquele produto?

 

Certamente é isso que os accionistas, sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting Clube de Portugal estão a pensar da potencial aquisição de Paulo Sérgio para treinador da equipa principal.

 

Certamente que terá muitas qualidades técnicas e conhecimentos para desempenhar a função. Mas para determinadas posições, em determinadas empresas, não chegam as qualidades é preciso muito mais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sporting C. P. e a gestão da marca

Sporting-Clube-de-Portugal

Recentemente e desde a saída de Paulo Bento (quando a mim, desajustada – mas disso falar-se-á noutros fóruns) que se lançam constantemente nomes para cima da mesa sobre quem será o seu sucessor definitivo.

 

Sendo que pelo meio apareceu um improvável Carlos Carvalhal que desde cedo se percebeu não ser a solução.

 

Poderia aqui enunciar uma série de nomes, mas o que mais tinta tem feito correr é o de Vilas-Boas, com avanços e recuos, negociações e mais negociações e muita especulação nos jornais e televisões, que com a sua sede de audiência, de tudo fazem noticia e furo jornalístico.

 

Ora mas como não se falam de opções técnicas neste blog, falemos então de gestão desportiva e de marca que se tem visto em Alvalade nos últimos 6 meses e nas consequências para os próximos 6 anos, possivelmente.

 

Uma MARCA na sua plenitude pressupõe, pelo menos, uma imagem, valores, estratégia e ideais. E o Sporting enquanto MARCA deverá apresentar tudo isso e muito mais, se pretender continuar a gabar-se de uma marca de topo no mundo do Desporto Nacional e eventualmente Europeu.

 

Pegando apenas no exemplo desta crise da procura de treinador, pergunto eu: que valores tem mostrado o Sporting? Que estratégia tem transparecido para a opinião publica? – parece-me uma completa falta dela aparecerem nomes tão dispares como Manuel José, André Vilas-Boas, Paulo Sérgio e/ou Paulo le Guen, cada um identificado com um tipo de objectivo e liderança bem distinto. Ideais? que ideais se têm defendido em Alvalade? O do ecletismo? O da competição? O Esforço, Dedicação, Devoção e Glória de 1906?

 

Deixei propositadamente a imagem para o fim. Poder-se-á pensar que a imagem está lá. Intocável! O emblema, o estádio, a camisola… Certo a imagem gráfica está realmente intocável. Pergunto agora: e a mental? Qual a imagem que os sócios, simpatizantes e adeptos têm do Sporting?

 

Qual a repercussão que isso tem nas vendas de bilhetes e de camisolas? Qual o valor dessa imagem em milhares de euros? O estádio e as camisolas são iguais, mas a mensagem subliminar que estes mesmos artigos vendáveis transmitem não é a mesma.

 

Quantos pais, amigos, familiares, se sentem agora com menos força de fazer com que o clã sportinguista que os rodeia aumente? que têm eles para argumentar? Qual a repercussão disso em números de sócios daqui a 6 anos? Ou no número de potenciais compradores de camisolas.

 

Retórica: Alguém já estudou o fenómeno FC Porto dos últimos 20 anos? Já se deram ao trabalho de procurar perceber porque razão apareceram tantos simpatizantes portistas e como tal consumidores da marca Porto, no seio do famílias, ou grupos de amigos tradicionalmente benfiquistas ou sportinguistas?

 

Durante 4 anos, o próprio Sporting, provou que não é preciso ganhar, para ter uma marca forte, facilmente identificável e com que muitos se identificavam e vangloriavam.

 

Porquê? Porque havia comunicação!

Boa ou má, agradável para uns, detestável para outros, Paulo Bento assumia toda a comunicação do clube, de uma forma coerente, com um objectivo claro e perceptível por todos.

 

Haviam objectivos definidos, valores a defender, uma estratégia a médio e longo prazo, a defesa de uma imagem e dos seus ideais.

 

E agora?

Não sabemos, porque a MARCA Sporting perdeu a capacidade da comunicação. Até pode estar tudo bem definido dentro da estrutura directiva do clube, mas cá fora pouco se sabe.

 

Termino com um ditado: “À mulher de Cesar, não basta sê-lo, é preciso parece-lo!”

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