CONSUMIDORES QUE MARCAM

Porque sem consumidores o desporto não faria sentido.

HOMENS QUE MARCAM

Os heróis/heroinas, os idolos, os egos que movimentam amores e ódios, que fazem do desporto um ser vivo.

RESULTADOS QUE MARCAM

As metas, as lutas, as conquistas, as superações e os records que alimentam as motivações individuais e colectivas.

MARCAS

Produtos e serviços que se alimentam do desporto e que por sua vez alimentam o desporto em toda a dimensão. A iconografia que une pessoas de todo o mundo, que comunica simultaneamente em diversas línguas sem dizer uma palavra.

EVENTOS QUE MARCAM

O local, onde homem, consumidor, resultados e marcas se unem, onde a magia acontece.

Bem vindos!

O desporto é competição e lazer, é solidão e multidão, é dor e prazer... São derrotas e vitórias, feitos e falhanços, lágrimas e risos... O desporto MARCA uma vida, várias vidas, A Vida! MARCA, mas é simultâneamente uma MARCA! Aqui procuraremos a pertinência da vertente da MARCA desportiva, da forma como é tratada, imaginada, gerida, idealizada, sentida e entendida. Todas as visões são bem vindas à discussão, deixe comentários, opiniões e/ou sugestões.

terça-feira, 30 de março de 2010

O seu a seu dono!

O melhor campeonato de futebol do mundo está em convulsão! Depois dos problemas de endividamento dos clubes da Premier League  agora são os rumores de que o governo britânico está a estudar formas de limitar o poder dos donos dos clubes e devolver esses poder aos sócios e simpatizantes desses mesmos clubes/MARCAS.

Basicamente, quer-me parecer que se está a chegar à conclusão que não é pelo simples facto de se ter uma determinada quantia de dinheiro que se está habilitado a gerir uma MARCA viva como é um clube de futebol. Uma MARCA que vive de paixões de milhares de fãs.

Não chega reunir um determinado conjunto de jogadores capazes de virtualmente vir a conseguir determinado feito desportivo. É preciso construir uma imagem, alimentar um culto, ouvir o povo e ser capaz de conjugar os interesses destes com os institucionais.

É um excelente exemplo que vem de Inglaterra, mostra a capacidade de olhar para o fenómeno e de procurar antecipar problemas graves, muito graves, que poderiam vir a ser o colapso de um fenómeno.

Seria extremamente útil, sensato e racional, que os nossos dirigentes governamentais e desportivos (clubes e federações/ligas) percebam este problema e evitem desde já que o caminho em Portugal seja o mesmo. Mesmo depois de termos entrado nas SAD de uma forma progressiva e (parece-me que) sensata, temo que teime-mos em fazer o mesmo ciclo que o da Premier Legue e dos seus clubes, mesmo depois de se ter a oportunidade de observar e aprender com o seu exemplo e experiência bem mais rica que a nossa em termos de profissionalismo no desporto.

Ainda para mais porque em Portugal, pelos exemplos que temos, dificilmente conseguiremos ter a mesma capacidade de introspecção. A bem da MARCA Futebol, observem-se os exemplos que vêm de fora.

O seu a seu dono! É o povo que consome a MARCA, as camisolas de marca referentes à MARCA, os cachecóis, as bebidas nas roulotes, as bifanas, os couratos, os rádios chineses que funcionam apenas durante 90 minutos. Quanto vale tudo isto? e ainda nem entramos no estádio!

O seu a seu dono! Antes que seja tarde demais.

P.S.: Pergunta retórica: "No planeta futebol, português, já alguém avaliou o impacto financeiro nos clubes, cidades, comercio, etc entre os jogos serem ao sábado e domingo à tarde ao invés de todos à noite à segunda e sexta-feira? - quer-me a mim parecer que iriam ter agradáveis surpresas!"

terça-feira, 16 de março de 2010

Onde pára Lisboa?

“The ‘SportBusiness Ultimate Sport Cities Awards’ are the internationally recognised rankings of the world’s top sports hosts. Initiated by independent industry consultant Rachael Church-Sanders in 2006, the 2010 awards will be the third time the recognition has been given. Cities are selected based on SportBusiness’ extensive database and knowledge of sports events and the destinations that host them.” segundo o site “sportbusiness.com”.

 

Considerando a quantidade de eventos que são organizados em Lisboa, talvez fosse de esperar pelo menos uma nomeação. Mas heis que ao ver a lista das 21 cidades nomeadas:

 

“- Beijing
- Berlin
- Budapest
- Chicago
- Doha
- Dubai
- Glasgow
- Istanbul
- Johannesburg
- Lausanne
- London
- Madrid
- Manchester
- Melbourne
- Monte Carlo
- Moscow
- New York
- Paris
- Rio de Janeiro
- Rome
- Shanghai
- Singapore
- Sydney
- Valencia
- Vancouver”

 

Pergunto: e Lisboa? na esperança que houvesse um erro. qualquer na lista.

 

Olho depois para os critérios:

“- stadia and venues
- transport and infrastructure
- government and public support
- legacy
- quality of life
- marketing/promotional ability
- testimonials/experiences of event personnel.”

 

e então constacto que realmente não poderia constar Lisboa. Temos tanto por melhorar em qualquer um dos itens, que deveriamos ter começado a pôr mãos à obra à 50 anos.

 

Acho que quem nos dirigie devia olha para estes critérios e pensar se o mais importante será o número de eventos, ou a qualidade dos mesmos e acima de tudo as bases onde os mesmos depois são criados e geridos.

 

Bem sei que há muita “politica” pelo meio desta nomeações… ainda assim: O que se passou em: Roma; Budapeste; Singapura, Moscovo, Rio de Janeiro (citando apenas algumas)…. que me tenha passado ao lado?

Quem perderá mais?

7535024.us_beckham_336_500 Beckham lesionou-se com gravidade no passado fim de semana. Uma rotura completa do tendão de Aquiles afastá-lo-á dos relvados pelo menos durante três meses.

Quem perderá mais com este afastamento de Beckham?

O AC Milan?

Apesar de não ser um dos jogadores mais utilizados, é um suplente de luxo que qualquer equipa a nível mundial gostaria de ter nos seus quadros. No entanto para além do valor desportivo do atleta, perderá algum da capacidade potenciadora da sua imagem que Bechkam como poucos no mundo é capaz de empolgar.

A Selecção Inglesa?

Beckham, talvez seja no momento aquele que para além do seu valor como jogador, mais contribui para a construção da equipa inglesa enquanto equipa de futebol, que e também para a sua ligação aos milhares de fãs, ingleses e não só, que apoiam irredutivelmente esta selecção e que são uma das maiores potências económicas no que toca a dinamizar a economia satélite de um campeonato da Europa ou do Mundo.

O próprio Beckham?

Que aos 34 anos, vitima de uma lesão desta gravidade, certamente ponderará a sua carreira futura no mundo do Futebol e o impacto que esta decisão poderá ter na sua Marca global, transversal a um sem número de universos desportivos e não só. Perderá mais em continuar ou em deixar o Futebol enquanto praticante? Certamente que muitas Marcas aguardarão impacientemente uma decisão da Marca Beckham.

O Futebol?

Penso que de uma forma global, é o mundo/negócio Futebol que mais perde.

Perde uma das suas estrelas mais cintilantes enquanto jogador, pela sua capacidade técnica;

Perde um elemento dinamizador económico da industria futebolística;

Perde um embaixador da modalidade na sociedade geral;

Perde um elemento motivador de futuras gerações;

Bem vistas as coisas, o futebol só perde…

Não quero com isto dizer que perde definitivamente ou na totalidade todo o valor que Beckham tem e gera. Mas o simples facto de durante pelo menos três meses, Beckham estar afastado dos relvados, provoca perdas enormes em toda esta industria.

A Marca Beckham não é do Man. United, Real Madrid, L.A. Galaxy ou AC Milan, é sim uma marca do Planeta Futebol, como poucos conseguirão ser e onde poucos conseguiram chegar.

quarta-feira, 10 de março de 2010

F1: Bernie Ecclestone garante GP de Roma

«Roma vai fazer parte do calendário em 2013. Teremos 20 corridas e as escuderias estão satisfeitas com isso», afirmou o «patrão» da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, à revista alemã Speedweek.


Esta noticia, faz-me crer que a F1 e a FIA estão a voltar a considerar os interesses dos espectadores e do "circo". Temos assistido, recentemente a uma nova abertura a circuitos citadinos, uma situação que muitos criticam por diversas questões, nomeadamente de segurança, mas que é amada pelos "tiffosi" das equipas, pela proximidade e espectacularidade que este tipo de circuito permite.


Resta saber se esta abertura, vem de dentro da FIA e da sua capacidade de interpretar o fenómeno que é a Marca F1, ou se advém da pressão das Cidades que ao se aperceberem do potencial deste género de G.P. e de todo o negócio que gira à sua volta, tendem a pressionar a FIA a romper com a sua conduta tradicional.


O continente norte-americano com o seu próprio campeonato F1 - o Indycar é o exemplo de que o importante é o espectáculo e os interesses do espectador e tudo o resto gira em roda disso mesmo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Crise? Qual crise?

Num momento em que a palavra que mais facilmente é utilizada para justificar desaires, decréscimo, desvalorizações, e toda uma panóplia de coisas negativas é: CRISE, alguns veêm oportunidades.
É tudo uma questão de perspectiva e de visão/antecipação de tendências. Pelo que aconselho vivamente a ler este artigo.
Uma das mensagens, talvez subliminar, que mais destaco é o facto de apesar da "crise" não deverem as organizações perderem controlo da sua marca, nomeadamente, perder a capacidade de quantificar o valor da sua marca tanto quanto possível. Pois se numa primeira análise a facturação imediata deveria ser uma prioridade, a longo prazo seria um erro tremendo que levaria a uma desvalorização e a uma perda de rendimentos e capacidade negocial.
A outra é o facto de através de diferentes perspectivas de um mesmo mercado global, se encontrarem formas de rentabilizar um produto que se mantém inalterável anos a fio, procurado novos nichos, novos subprodutos e ainda novas formas de apresentar esse mesmo produto tradicional com mais de 100 anos de história e que na sua essência muito pouco mudou.
Tal como a McDonalds, de quando em vez, muda o formato das suas batatas fritas, aumentando o consumo do mesmo produto (batatas fritas) também as marcas desportivas têm de encontrar novas formas de vender o seu produto, sob pena de os mercados ficarem saturados e procurarem alternativas.

terça-feira, 2 de março de 2010

Real Madrid gera mais de 400 M€

Segundo o "Record" citando a "Deloite", o Real Madrid gerou no ano passado receitas avaliadas em mais de 400M€.


Ainda segundo a lista publicada neste jornal, não parece nenhum clube português entre os 20 primeiros da Europa.


Curiosamente, entre as 20 primeiras conta-se ainda com Newcastle, agora na 2ª divisão Inglesa. E outros clubes com pouca expressão a nível de competições europeias.


Seria bom, que se promovessem estes exemplos como Case Studies, adaptados à nossa realidade, de forma a potenciar as capacidades tangíveis e intangíveis dos nossos clubes (não apenas do futebol). Temos um Futebol Clube do Porto com um historial desportivo recente com enorme potencial, um Sport Lisboa e Benfica com uma massa humana enorme e espalhada pelo mundo inteiro e um Sporting Clube de Portugal eclético (não tanto quanto já foi) capaz de chegar a diversos targets.


É preciso imaginação, concentração e foco direccionado, no entanto penso que o potencial em Portugal é enorme, face à cota de mercado já explorada.


No entanto, o problema maior não está no marketing e no merchandising e/ou publicidade, mas sim na comunicação e na criação de condições para alimentar esta "fome" pelo consumo de uma marca desportiva: a paixão, a interacção, a experiência e os resultados.

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