Em face dos últimos acontecimentos no mundo futebolístico português, parece pertinente a abstracção do chorrilho de informações que saem para a rua e pensar um pouco na gestão de um produto, que é simplesmente o maior produto desportivo português!
Finais da década de 80 nasce uma geração de ouro, em termos de praticantes, para o futebol português. Pode-se questionar se foi geração espontânea ou o trabalho de alguém, mas o que é certo é que esse grupo de pessoas conquista de dois campeonatos do mundo de sub-21 (89 e 91).
Ou seja, de um momento para o outros, uma estrutura profundamente amadora, vê-se a braços com uma marca com com potencial de crescimento enorme e que a nível interno provoca um um desenvolvimento, ai sim espontâneo, da modalidade ao nível das suas bases, o que por sua vez alimenta a continuidade do trabalho que nos deu dois campeonatos do mundo.
Dessa valorização da marca e dos seus protagonistas, em meados da década de 90 dá-se inicio ao grande boom da exportação qualitativa do nosso produto futebol - a tal geração de 89 e 91. E heis que uma marca, sem qualquer trabalho dos seus marketeers e gestores de produto , vê o seu reconhecimento exterior passar para um nível nunca atingido (à excepção do mercado lusófono, onde tinha reconhecimento, embora não o mesmo tipo de reconhecimento), vê a procura aumenta consideravelmente e se começa a sentir equiparada a uma marca topo de gama.
Ou seja, em pouco mais de meia-dúzia de anos, a marca Futebol Português, deixa o estatuto de marca secundária, ou mesmo terceária e começa-se a posicionar como alternativa às marcas de topo.
Problema: o nível de reconhecimento da marca é gerado pelo mouth to mouth e algum "buzz" marketing expontânio e involuntário, sem o devido estudo e desenvolvimento sustentável da identidade da marca.
Assim fechamos este primeiro ciclo (89-95) com:
- Marca Portugal em crescimento exponencial
- Qualidade e sustentabilidade duvidosa (resultados não acompanham o "buzz" em torno da marca)
- Sub-produtos e identidade negligênciados
Concordo...talvez mencionar que uma marca deixou a selecção após 8 anos de patrocinio!
ResponderEliminarAbraço
O "Portugueses no Estrangeiro" terá de parar durante este ano. Ainda assim deixou um último brinde aos leitores: Entrevista Exclusiva com Filipe Pastel(Montreal Impact)!
ResponderEliminarhttp://portuguesesnoestrangeiro.wordpress.com/2010/10/04/despeco-me-com-mais-uma-entrevista-exclusiva-filipe-pastelmontreal-impact/
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Cumprimentos,
Paulo Silva