CONSUMIDORES QUE MARCAM

Porque sem consumidores o desporto não faria sentido.

HOMENS QUE MARCAM

Os heróis/heroinas, os idolos, os egos que movimentam amores e ódios, que fazem do desporto um ser vivo.

RESULTADOS QUE MARCAM

As metas, as lutas, as conquistas, as superações e os records que alimentam as motivações individuais e colectivas.

MARCAS

Produtos e serviços que se alimentam do desporto e que por sua vez alimentam o desporto em toda a dimensão. A iconografia que une pessoas de todo o mundo, que comunica simultaneamente em diversas línguas sem dizer uma palavra.

EVENTOS QUE MARCAM

O local, onde homem, consumidor, resultados e marcas se unem, onde a magia acontece.

Bem vindos!

O desporto é competição e lazer, é solidão e multidão, é dor e prazer... São derrotas e vitórias, feitos e falhanços, lágrimas e risos... O desporto MARCA uma vida, várias vidas, A Vida! MARCA, mas é simultâneamente uma MARCA! Aqui procuraremos a pertinência da vertente da MARCA desportiva, da forma como é tratada, imaginada, gerida, idealizada, sentida e entendida. Todas as visões são bem vindas à discussão, deixe comentários, opiniões e/ou sugestões.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Making Tracks For Profit

Um exemplo de como é possível, em simultâneo, melhorar o desporto e ao mesmo tempo rentabilizá-lo, diminuindo significativamente a dependência de subsídios.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

o Inicio da Crise no Sistema Desportivo Português (parte II)

(continuação)

Ora, havendo uma fonte, aparentemente, inesgotável de financiamento poucos foram os que se preocuparam em rentabilizar/optimizar/potenciar orçamentos, preferindo antes o caminho mais fácil: o da execução orçamental. Se há, é para se gastar! - deve ter sido o mote, anos a fio.

Acontece então que quando as vacas começaram a emagrecer e os investimentos em determinadas modalidades não obtinha o retorno previsto, estas entidades começaram a procurar o apoio de outras instituições, nomeadamente as particulares.

Nesse momento aparece em Portugal o "Apoio" - donativo em forma de patrocínio, que entidades privadas ofereciam a estas organizações, e que podia ser em dinheiro, géneros e/ou serviços, em troca de uma referência à entidade benemérita. Não havendo qualquer preocupação no retorno que isso traria. Basicamente o patrocínio não era visto como uma relação bilateral, uma forma de apoiar e ao mesmo tempo rentabilizar o seu negócio, mas sim como uma demonstração de poder de quem apoiava. Quanto maior o apoio, maior seria a importância da pessoa, ou entidade na comunidade local. Os Apoios enchiam o Ego de quem apoiava, os bolsos das colectividades e pouco mais. Mesmo não havendo preocupação com o retorno do apoio, não havia também a preocupação de como era aplicado o apoio para beneficio do clube a médio/prazo.

O Apoio funcionou enquanto as entidades particulares e privadas tiveram dinheiro, para indefinidamente e quase aleatoriamente distribuírem, e assim encher o seu ego e reforçar a imagem dos que as dirigiam na comunidade.

Mas também esta fonte se esgotou.

Entrou-se então na era dos reais patrocínios, relações bilaterais de win-win, um negócio onde cada uma das partes de aproveita dos pontos fortes da outra para acrescentar valor à sua. E ai começou o grande choque...

As entidades privadas rapidamente souberam o que queriam e como queriam, mas encontram na grande maioria do Sistema Desportivo um parceiro fraco, desorganizado, pouco objectivo, pouco visionário, com politicas desastrosas, incoerentes, inconsequentes e mal dirigido e com pouco retorno (embora com grande potencial). Encontram um Sistema Desportivo, incapaz de corresponder às suas necessidades, incapaz de oferecer retorno ao eventual investimento. E então deixaram de patrocinar!

Esgotada mais uma fonte, o associativismo, voltou-se novamente a cem por cento para o poder local, regional e central, passando a viver de subsídios, então distribuídos na sua grande maioria de forma aleatória, sem qualquer controlo e sem qualquer perspectiva de retorno. Mesmo em relação ao retorno social, tantas vezes enaltecido pelos despachantes dos apoios, temos duvidas quando à validade do argumento como justificação para o despesismo. Tal como com os dirigentes das entidades privadas, o Apoio oferecido pelas autarquias e outros orgãos, serviu mais vezes para encher o ego dos signatários, do que para servir os interesses do Desporto (mais uma vez: Desporto, não colectividades e associações desportivas).

Quando as vacas, ficaram irremediavelmente magras, também esta fonte se esgotou e hoje deparamo-nos com o associativismo falido (não só a nível monetário) e como tal um Sistema Desportivo falido, essencialmente na sua base, pois o seu topo não o aparenta, com manifestações grandiosas de capacidade financeira... mas essa falência progressivamente irá atingir os patamares superiores.

Chegamos ao dias de hoje, e as colectividades vêem-se a braços com uma realidade para a qual não estavam preparadas:
- esgotaram-se as fontes de rendimento a fundo perdido;
- são incapazes de responder às necessidades da sociedade;
- são incapazes de proporcionar retorno a fontes de rendimento renováveis;
- não têm conhecimentos adquiridos, capazes de contornar esta dificuldade;
- não se adaptaram estruturalmente a uma sociedade em mudança, cada vez mais exigente.

Durante trinta anos, estas entidades não se preocuparam (porque não precisaram, nem nunca lhes foi feito ver que a fonte de energia era não renovável, em boa verdade) em potenciar as suas relações, em fazer ver que os investimentos nelas efectuados por particulares, empresas, autarquias, etc, podiam ter um retorno mensurável e capaz de optimizar os investimentos (em diversos planos). Durante estes anos o Sistema Desportivo foi incapaz de criar uma necessidade real, não hipócrita, de consumo/associação/parceria por parte de investidores.

Ou seja, durante esse tempo, não foi estimulada a capacidade em criar "produtos" potencialmente capazes de oferecer retorno aos investimentos de terceiros que, mesmo que não o conseguissem, pelo menos trariam conhecimentos, experiência, evolução, inovação, despertariam o interesse em arriscar interessadamente no desenvolvimento do desporto em Portugal.

E se não foi explorada essa situação enquanto havia dinheiro nos vários sectores (particular/privado/público) para arriscar um patrocínio/financiamento sério, coerente e objectivo, para que mesmo que o retorno não fosse o ideal, o efeito não fosse tão significativo na sua economia (assim como assim, o Apoio não tinha qualquer retorno, por isso qualquer patrocínio deste género seria mais vantajoso) e permitisse que houvessem novas abordagens, cada vez mais capazes de satisfazer as necessidades de ambas as partes. Hoje isso está completamente fora de hipótese, não há margem para riscos com um grau de incerteza tão grande.

Não mostrámos que valia a pena arriscar durante anos a fio, enquanto havia dinheiro. Não podemos agora que não o há, querer que se arrisque em algo que a olho nu, continua sem dar provas de capacidade de retorno na exacta medida que os financiadores precisam.

Poucas entidades se conseguiram adaptar a esta realidade, e mesmo no todo poderoso futebol, casos de sucesso serão certamente muito poucos num universo tão grande - nem mesmo na ligas profissionais, todos se conseguiram adaptar a essa necessidade.

Nos dias que correm, há os que se acomodaram e estão moribundos, há a ínfima parte que procura apetrechar-se de forma a se adaptar e há a grande maioria que continua profunda e amadoramente, a desenrascar-se no dia a dia, sem estratégia, sem visão e sem coerência à espera da gotas que ainda vão caindo das torneiras do financiamento gratuito há muito fechadas.

Apenas para terminar, desengane-se quem pensa que este problema toca apenas aos pequenos clubes da aldeola perdida no meio da serra. Diz respeito a grandes e a pequenos, da cidade e do campo, a clubes, associações e a federações.

Onde está a MARCA deste Desporto?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

o Inicio da Crise no Sistema Desportivo Português (parte I)

Durante o tempo das "vacas gordas" ou "falsamente gordas"... o Sistema Desportivo Português, transversalmente e a maioria dos seus intervenientes, viveram virados para o seu umbigo.

Apoiados pela ideologia do associativismo e do amadorismo pós 25 de Abril, e ainda assim com raízes fortes na estrutura centralizadora e dependente do Estado, que a ditadura implementou, construiu-se um Sistema Desportivo que viveu e se desenvolveu, a partir do 25 de Abril com base numa total dependência monetária do estado e de alguns beneméritos locais, geridos por estruturas profundamente amadoras, curiosas, e na sua grande maioria mal formadas/instruídas sobre o que era o Desporto e as suas diversas vertentes, onde apenas as grandes cidades apresentavam algumas excepções a este quadro.

Não tendo, desde essa altura (25 de Abril de 1974) havido um projecto politico a longo prazo, apoiado em conhecimento cientifico e universitário, e/ou sequer copiado/bem adaptado dos melhores exemplos internacionais, pontificou desde essa altura a proliferação espontânea de clubes, colectividades, associações, sociedades, etc, ávidos da livre associação e direitos de expressão. Entidades essas que, por falta de cultura, conhecimento, informação, directrizes e politicas concretas, adaptaram o Desporto a si e não se adaptaram às necessidades do Desporto.

Ora, o dinheiro do Estado (contribuintes e união europeia), enquanto houve, foi sendo utilizado com muito pouco critério, dando azo a erros enormes tais como: aparecimento de várias entidades em pequenas localidades que procuravam (à sua maneira) promover a mesma modalidade, concorrendo entre si por uma fonte de recursos humanos tangível e perceptivelmente insuficientes em número e em qualidade, quer para praticantes, quer para estruturas directivas e de gestão. Houve claramente uma canibalização de recursos, humanos, financeiros, intelectuais.

Outro erro foi a canalização sistemática do dinheiro para determinadas modalidades, à procura de que um dia a entidade tivesse um momento de glória num mundo altamente colonizado, que por breves instantes aqueles que essa entidade dirigiam pudessem ser reconhecidos e se auto-promovessem. Situação que levou à mendigação de outras modalidades e as amputou de crescimento muito cedo, num Sistema Desportivo que após uma revolução, se prestava a desenvolver e impor.

Cada um olhava por si. Utilizava o dinheiro para ser melhor que o vizinho, duas ruas mais a baixo, ou para ser melhor que a aldeia seguinte, que podia ter os mesmos 100 habitantes, mas já tinha um "campo da bola" e não para desenvolver o Desporto, primeiro, e consolidar a estrutura da entidade que dirigia, preparando-a para o momento em que o dinheiro do Estado deixaria de chegar para tanto despesismo... (continua)

sábado, 20 de novembro de 2010

Porque Desporto não é só Futebol...

e também porque é muito mais que Competição...
ficam algumas imagens do Campeonato do Mundo de Trampolins, disputado em Metz durante a semana passada.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Patrocinio vs Parcerias

Segundo a OAK:

"A Transport for London (autoridade que agrega todos os transportes da capital britânica) lançou as primeiras vias da sua nova iniciativa Barclays Cycle Superhighways. O programa, que pressupõe um investimento de 111 milhões de libras, foi desenhado de forma a diminuir as emissões e o congestionamento do tráfego e, espera-se, deverá convencer mais pessoas a adoptar a bicicleta como meio de transporte. Um pormenor interessante é o facto de o Barclays ter dado mais do que o nome à iniciativa. Reparem na cor – sim, é o azul deles."

A primeira ideia que surge é que a Barclays patrocinou esta iniciativa. Não estando completamente incorrecto, parece-nos que se trata mais de uma Parceria, do que de um tradicional patrocinio e que o Desporto e a Actividade Física são apenas mais um meio para alcançar determinados fins.

O municipio de Londres, procura diminuir o trafego caótico dentro da cidade, porque isso provoca além de intangiveis despesas em manutenção, igualmente intangiveis perdas em termos turisiticos. A questão ambiental é a par do Desporto e da Actividade Física, uma boa desculpa para se chegar ao cerne das preocupações autarquicas. Ficará sempre bem dizer que é para diminuir as emissões de CO2 ou para aumentar a qualidade de vida dos londrinos. Isto para além de em termos de Cidade MARCA, haver um reforço de imagem, de conceito e consequentemente um aumento de procura.

Resumindo:..

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A MARCA e a gestão dos seus activos...

No derby deste fim de semana, entraram em campo apenas 5 portugueses, entre os 22 jogadores que alinharam à partida. A saber: Rolando, João Moutinho e Varela pelo F. C. Porto e pelo Benfica, Fábio Coentrão e Carlos Martins.

Desde já a F.P.F e a marca Selecção Nacional, deveriam dai tirar ilações, reflectir procedimentos e planear o seu futuro. Mas não é isso que me faz reflectir sobre a gestão de activos.

Destes cinco jogadores portugueses, três são formados pelas escolas do Sporting Clube de Portugal, ou seja 60%, tendo chegado aos rivais das mais diversas formas. Destes, só Rolando não fez parte da última convocatória para a selecção nacional e apenas Varela não foi titular.

Isto é apenas um exemplo recente da falta de capacidade para gerir os seus activos.

O SCP gera produtos, gera identidade, mas falha no momento de rentabilizar esse esforço. Falha na capacidade de organizar uma estrutura capaz de poder proporcionar aos seus produtos potencial de crescimento (nomeadamente a nível interno) e dai tirar dividendos com a exportação dos mesmos.

Esta capacidade,

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