CONSUMIDORES QUE MARCAM

Porque sem consumidores o desporto não faria sentido.

HOMENS QUE MARCAM

Os heróis/heroinas, os idolos, os egos que movimentam amores e ódios, que fazem do desporto um ser vivo.

RESULTADOS QUE MARCAM

As metas, as lutas, as conquistas, as superações e os records que alimentam as motivações individuais e colectivas.

MARCAS

Produtos e serviços que se alimentam do desporto e que por sua vez alimentam o desporto em toda a dimensão. A iconografia que une pessoas de todo o mundo, que comunica simultaneamente em diversas línguas sem dizer uma palavra.

EVENTOS QUE MARCAM

O local, onde homem, consumidor, resultados e marcas se unem, onde a magia acontece.

Bem vindos!

O desporto é competição e lazer, é solidão e multidão, é dor e prazer... São derrotas e vitórias, feitos e falhanços, lágrimas e risos... O desporto MARCA uma vida, várias vidas, A Vida! MARCA, mas é simultâneamente uma MARCA! Aqui procuraremos a pertinência da vertente da MARCA desportiva, da forma como é tratada, imaginada, gerida, idealizada, sentida e entendida. Todas as visões são bem vindas à discussão, deixe comentários, opiniões e/ou sugestões.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Queiroz? Sim, porque Queiroz MARCA!

Desde ontem à noite que temos assistido a mais um lapso de memória colectiva.

Acabou o jogo e rapidamente se disse que o culpado era o seleccionador nacional: Carlos Queiroz. Pelos jogadores que não levou, pelos que não utilizou, pelos que utilizou, pelos que substituiu.... ou seja, para os "comentadeiros" a culpa é de: Queiroz.

Rápidamente e analisado jogo a jogo:
C. Marfim - jogo muito táctico onde ninguém queria perder, para não perder o comboio do "grupo da morte" logo no primeiro jogo. Teve bem, não conseguiu marcar, mas também não perdeu o jogo e manteve a porta aberta.
C. Norte - Fez o que tinha a fazer, e com uma vitória clara arrumou claramente a questão a favor de Portugal.
Brasil - Contra uma super-potência e que tem equipa e jogadores que chegam e sobram para Portugal, defendeu o melhor que pode para não perder e de quando em vez tentou surpreender.
Espanha - Muito parecido com o anterior, onde claramente não tínhamos equipa para tanta Espanha, a coisa foi resultando e quase podia ter caído para o nosso lado. Teve azar e no momento em que faz uma substituição, sofre um golo. Triste coincidência, que lhe vão cobrar para sempre.

Se em termos desportivos não tínhamos equipa para Brasil e Espanha, claramente que em termos humanos se notou imediatamente que também não tínhamos, com as desculpas esfarrapadas e o sacudir do capote para cima de: Carlos Queiroz. Evitei ouvir todos, mas Deco (ingrato), C. Ronaldo (imaturo e vedeta) e ao que parece Liedson (igualmente ingrato) mostraram que não sabem o que é uma equipa, e pouco sentimento por uma Selecção (note-se no S maiúsculo), note-se a posição de Tiago que ofereceu o corpo às balas dos jornalista em prol do colectivo. Como diz o Rui e o Madail? onde anda?

Mas voltando ao hiato de memória colectiva.

De repente esquece-mo-nos que L. F. Scolari e os outros se esqueceram durante o tempo que cá estiveram de que haviam selecções jovens para criar/desenvolver/projectar. Viveram à conta de quem?... já lá chegamos.

De repente esquece-mo-nos que há 21 e 19 anos, este que agora levianamente criticamos fez-nos Campeões do Mundo. E mais do que isso deu-nos uma geração de ouro que nos coloca hoje no sitio onde estamos.

Estaremos esquecidos?

Nota prévia: antes de 89 e 91 Portugal apenas tinha estado presente em dois Mundiais Fifa (66 e 86) e um Euros UEFA (84).

Ora em 93, já com muitos jogadores fruto do trabalho de Queiroz e equipa, falhámos o apuramento para o Mundial de 94 (EUA) mesmo no final, num jogo polémico com a Itália.

Dai por diante, analisemos um ciclo (mais aqui):
Euro 1996 - um selecção que nos empolgou e não tivesse sido um momento de inspiração Cheko e a história podia ter sido outra.
C. Mundo 1998 - não nos qualificámos.
Euro 2000 - mais uma excelente participação, ficá-mo-nos nas meias finais, com um lance que se tivesse sido na área contrária tinha passado impune.
C. Mundo 2002 - uma equipa que prometia, mas que não se soube aproveitar. Ficámo-nos sem glória pela fase de grupos. Oliveira inclusivamente fez-se passar por coxo.
Euro 2004 - Organizado em Portugal, fizemos o que nos competia: ir bem longe. Ficámos bem perto do que seria a coroação digna de uma geração em sua própria casa.
C. Mundo 2006 - Mais uma meia final que não conseguimos transpor.
Euro 2008 - Ficá-mo-nos pelos quartos de final.

Em seis competições. Temos uma presença em final, duas meias finais, três quartos de final, uma pela fase de grupos e em 17 anos apenas não nos qualificámos uma vez. Quantas selecções (tirando as super-potências do costume) se podem orgulhar disto?

Agora o exercício de memória que nos tem faltado nas ultimas 24 horas:
Quantas desta selecções viveram à custa das equipas de 89 e 91? Umas mais do que outras, mas à excepção de 2008 (onde já não fomos brilhantes) estavam lá jogadores de 89 e/ou 91. Que para além de bons jogadores tecnicamente, foram formados homens, reconhecidos internacionalmente pelo seu carácter e profissionalismo. Figo, Rui Costa, Paulo Sousa, Vítor Baía, Fernando Couto, João Pinto, Jorge Costa, Capucho, Abel Xavier, Nelson, Folha, Peixe.

Isto para não falar dos que ficaram na forja, em selecções inferiores.  E que até 93 foram integrados num projecto que visava o futuro e não o, então, presente. Mas era areia a mais para a camioneta dos nossos dirigentes e políticos (ou seriam ambos) e foi mais fácil mandar o seleccionar embora após ter falhado a classificação no ultimo jogo com a Itália (equipa que viria a perder o mundial de 94 nas grandes penalidades com um Super Brasil).

Carlos Queiroz deu-nos mais de 20 anos de glória! E agora queremos esquecer? Já basta que os louros do seu trabalho tenham ficado para outros (que também terão o seu mérito parcial).

Vivemos mais de 20 anos à conta do trabalho, de um sonho, de uma visão de uma equipa liderada por Queiroz e queremos esquecer?

Eu não. Queiroz marcou e ainda Marca.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Portugal MARCA?


Apesar de o apuramento estar praticamente garantido. Será que Portugal hoje MARCA?

terça-feira, 22 de junho de 2010

França

Lembro-me que a propósito do Campeonato do Mundo de 1998, organizado pela França, a respectiva Federação Francesa de Futebol, mobilizou-se desde a data do anúncio público que a sua candidatura tinha saído vencedora (eu diria que sabia de ante-mão, mas isso seriam outros quinhentos) para que pudesse em casa, lutar pelo titulo de campeã do mundo.

Estruturou-se, organizou-se, mobilizou a sociedade e a opinião pública em torno de um objectivo, organizar bem a Competição e vencê-la. O que conseguiu! Pelo menos o segundo objectivo foi objectivamente (passe o pleonasmo) conseguido, o primeiro é uma questão de análise e discussão, mas que acredito que tenha sido conseguido também.

Podemos discutir a forma como desportivamente conseguiu esse campeonato, mas o que é certo é que conseguiu mesmo.

E à conta dessa mobilização, conseguiu nos anos consequentes obter bons resultados nas competições UEFA e FIFA. Ou seja, houve trabalho, e esse trabalho deu frutos, construindo-se uma marca forte. E eram reconhecidos por isso mesmo, por terem trabalhado para alcançar os objectivos a que se propunham e terem conseguido. Ao contrário de um Brasil, Argentina, ou até mesmo Itália cujas selecções são fruto de geração espontânea.

No entanto, todo um trabalho de anos (embora nem sempre pacíficos, ressalve-se), desmoronou-se numa fase de qualificação altamente polémica e numa fase de grupos desastrosa, com incidentes de toda a ordem e que começaram ainda antes de a competição ter inicio, com a sociedade civil criticar a federação e a selecção por estarem no hotel mais luxuoso e caro de entre todas as selecções presentes na África do Sul, quando em França se pede contenção à população.

Pergunta: o que mudou?
Parece-me que claramente faltou gestão. Especialmente gestão de Recursos Humanos e de Comunicação e na generalidade a Gestão de Marca.

A Marca que havia sido pensada, criada e concretizada e que caiu agora por terra. Os patrocinadores já começaram a retirar o seu apoio... o que virá a seguir?

domingo, 20 de junho de 2010

Branding - Se eles não sabem....

Se os estudantes de marketing não sabem, como vão os nossos dirigentes desportivos saber e compreender a sua importância.




Branding, não é, nem deverá ser uma ferramenta dos grandes (cubes, empresas, instituições). Branding deverá ser uma ferramenta de todos, cada vez mais necessária e importante à sobrevivência de grandes e pequenos.

Só assim se garante coerência, independência e identidade.

O tema "Branding" permite um sem número de abordagens, hoje desenvolvo uma ideia macro de branding, mas que certamente criaria uma onde de choque até no mais micro subsistema.

Em tempos a BBDO Portugal, provocou-nos, com ironia, audácia e até algum exagero, a nos identificarmos como Portugueses. Seria um bom inicio para este pais e um bom exemplo para os que nele residem. Veja:



A provocação resultou em parte e o governo encomendou isto:

Uma campanha interessante, virada essencialmente para o exterior, interessada em promover o consumo de Portugal no estrangeiro.

Pergunto: "E o Povo, pá?"

Um simples PowerPoint, estimula-nos, dá-nos ganas de mudar, de mostrar que somos diferentes, de querer ser diferente... uma campanha de milhões de euros faz-nos bonitos, interessantes e vendáveis (pelo menos em teoria)

Um simples PowerPoint mexe com a identidade e ambição dos nossos porteiros e empregadas domésticas... uma campanha de milhões de euros mostra aos nossos porteiros e empregadas domésticas que não o deixarão de ser internamente, mas que para o exterior serão uma coisa completamente diferente.

Sugiro uma reflexão: que durante esta "crise" se promova uma campanha de estimulação da identidade nacional, da força nacional, e da capacidade individual de TODOS nós de contribuir para essa identidade e força.

Portugal: Brand your self!

NBA Marca

"Os LA Lakers conquistaram o seu 16.º título na história da NBA, ao baterem os Boston Celtics no sétimo e último jogo da final, por 83-79. Os californianos revalidaram um troféu que haviam conquistado o ano passado e ficaram a apenas um de distância do rival desta madrugada, a formação mais titulada da Liga. E como era esperado - isto caso a turma de Los Angeles saísse vitoriosa -, Kobe Bryant foi eleito MVP da final pela segunda vez na sua carreira.

(...)


NÚMEROS
Assim, manteve-se a tradição para o técnico Phil Jackson (anunciou que vai decidir se continua no ativo dentro de uma semana), que nunca perdeu uma série do playoff da NBA quando venceu o primeiro jogo. Tal sucedeu por 48 vezes...
Além disso, "Master Zen" aumentou o seu recorde de anéis de campeão para 11 - seis com os Chicago Bulls e cinco com os Lakers.
Quanto aos Celtics, que disputaram a sua 12.ª final com os Lakers, perderam somente pela terceira vez, depois de 1985 e 1987. Curioso verificar que nunca os californianos haviam ganho uma final disputada na negra com o rival de sempre. Nas anteriores quatro ocasiões (1962, 1966, 1969 e 1984) em que tal aconteceu, foi sempre Boston a sorrir. À quinta foi de vez..."

Noticia Record.pt

Um desporto que lá longe da nossa tradição e da nossa capacidade de o acompanhar, Marca, imaginários, sonhos, desejos, gerações... para além de todas as questões técnicas que lhe estão associadas. Mas é essa capacidade de fazer as pessoas viver que o faz ser tão marcante e interessante.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Só nos "estates"...

Até onde podem ir as marcas!



Realmente tudo de vende... basta que a comunicação seja adequada ao que se quer vender e a quem se quer vender.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

União foge de Leiria

União foge de Leiria (www.abola.pt)

Alguém pensou nisto antes?...

Alguém pensa nisto agora? - se vão gerar despesa para outro lado quem vai pagar a despesa fixa que permanecerá no Magalhães Pessoa, ainda que menos utilizado?

Mas que pensam os clubes? - "além de assumir, também, as despesas com o policiamento e com a organização dos jogos...". Pergunto eu: então quem haveria de pagar?

Efeitos de uma arrastada promiscuidade entre clubes/autarquias, vitimas de "futebolite" e ávidos de notoriedade que lhe está associada.

O Desporto MARCA, mas infelizmente marca muitas vezes pela negativa e este é apenas o inicio de mais um episódio da vida desportiva que marcará negativamente.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A confusão nas camisolas...

O meu amigo Rui sugeriu-me este artigo...

Uma análise perspicaz, que quer os destinatários, quer os emissores de publicidade deviam repensar no futuro. Porque exposição nem sempre quer dizer retorno.

Em jeito de complemento ao artigo, quem lê, às tantas já não consegue distinguir qual é a marca de lâminas ou a de desodorizantes.

Até mesmo em termos de imagem do clube, esta não me parece sair beneficiada. Quem quererá comprar uma camisola (de pelo menos 50€) cheia de nomes, cores, logos, mensagens difusas?

Ainda assim este tipo de equipamento é recorrente em França (o PSG foi um exemplo há alguns anos) e em Portugal temos o caso do União de Leiria...

Mas ninguém pára para pensar... que o dinheiro potencialmente poderá estar a ser mal investido... ou que, por outro lado, não está a presta um bom serviço de comunicação de uma marca.

Claramente aqui parece-me haver indivíduos ou organizações que se destacam: quem conseguiu vender todo este espaço é um óptimo vendedor e que quem investiu o dinheiro não racionalizou. Agora em termos de marketing e comunicação.... deixo à consideração.

Só por curiosidade!

...e para os que dizem que não MARCA.

"As palavras de Materazzi que emocionaram Mourinho"

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mega Eventos

Muito se fala nos benefícios dos mega eventos desportivos e do impacto que estes têm para o país. Que são potenciadores de desenvolvimento para determinadas zonas menos conhecidas, ou mais carenciadas de infra-estruturas, que colocam Portugal no escaparate dos media internacionais, que bla bla bla bla bla, um sem número de justificações mais ou menos credíveis, mais ou menos válidas para apoiar decisões (muitas vezes) políticas – felizmente nem sempre.

Euro 2004
Red Bull Air Race
Circuito da Boavista
Moto GP
Rider Cup (em fase de candidatura)
Volvo Ocean Race
Lisboa Down Town
Rip Curl Pro Search
Estoril Open
(entre outras)

Iniciativas que nascem muitas vezes de boas ideias de uns poucos bem intencionados, interessados em promover e desenvolver determinada modalidade, mas que acabam por assumir determinada dimensão que lhes escapa ao controlo.

Em termos de benefícios, realmente poderão haver alguns, nomeadamente na visibilidade do clube, empresa, autarquia, região, país, exposição pessoal e/ou colectiva dos promotores e patrocinadores. Poderá haver algum retorno turístico, normalmente não tanto quanto o esperando, apontando-se o retorno a longo prazo como justificação para o investimento, aumentando consideravelmente a intangibilidade da sua quantificação e permitindo que caia no esquecimento da memória colectiva.

Neste pais o turismo é justificação para tudo, mesmo que seja duvidoso o retorno, inclusivamente para o apoio incondicional a grandes eventos desportivos. Desenvolve-se a oferta turística, as infra-estruturas, a imagem global à conta do Desporto e pergunto eu: e o que se desenvolve do Desporto?

- Quais os benefícios para as modalidades envolvidas?
- Onde estão os projectos de massificarão da actividade física e desportiva, formal e informal?
- Onde está o aumento do número de jovens praticantes?
- Onde estão os planos de competitividade internacional, ou mesmo os resultados?
- Onde está o acesso generalizado à grande maioria das infra-estruturas desportivas, e não só, criadas para estes eventos?
- Onde é que o Desporto ganha? Onde? Alguém me explica?

Não sou contra os grandes eventos, desportivos ou não, antes pelo contrário… acho que podem ser tudo aquilo que dizem que virão a ser, acima de tudo se forem bem “projectados” e com visão de futuro, mas não podem estes projectos esquecer o que os alimenta: o Desporto – neste caso concreto.

Sou defensor e consumidor destes eventos, mais do que não seja pela promoção da auto-estima, até porque os conseguimos fazer muito bem e pelo menos com impacto significativo no momento da sua realização (o que não significa retorno) e somos reconhecidos por isso. Mas há que ter consciência e alertar que por traz há um fosso tremendo, que um Euro 2004 não é a realidade diária de Portugal.

Em Portugal o desporto é literalmente abusado. Há que de uma vez por todas pensar em utilizar estes eventos para todos os fins e mais algum, mas começando pelo mais importante de todos… a potenciação (real) da prática de actividades físicas e desportivas. Deveria a ser o Desporto a usar estes eventos para se servir e não o contrário.

O Desporto MARCA Portugal, mas Portugal MARCA muito pouco o Desporto!

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